Culpa ou Responsabilidade?

Culpa ou responsabilidade?

O presente texto tem como finalidade, levá-los à reflexão do papel que cada um exerce em sua vida e, desta forma, o quanto esta é norteada por culpa ou responsabilidade.

A princípio, de acordo com o dicionário, culpa tem a ver com responsabilidade por dano, mal, desastre causado a outrem.
Na psicologia, a culpa está ligada a emoção penosa de autorrejeição e desajuste social resultante de um conflito (por exemplo: entre impulso, desejo ou fantasia e as normas sociais e individuais).
Com o foco religioso, a culpa está ligada com pecado, enfim…
Existem muitas vertentes e definições de culpa, de acordo com a área que a mesma está inserida.

Já a responsabilidade tem como significado, o “saber responder pelas próprias ações ou as dos outros”.
Caráter ou estado do que é responsável.

Pois bem!
Vamos iniciar este texto com algumas reflexões…

Quantas vezes nos sentimos paralisados, inertes, com medo, dependentes, buscando culpados para os nossos fracassos e frustrações?
E quando assim nos sentimos, paramos com tudo ou até fazemos as coisas com uma qualidade muito inferior do que comumente fazemos. Desta forma, passamos a justificar que a impossibilidade de fazer o melhor tem relação com alguém ou algo e, a partir daí, o nosso olhar e percepção ficam encobertos por culpa, já que não investimos mais no que estávamos fazendo para economizarmos energia e muito menos, perdemos tempo com algo que, inevitavelmente não daria certo por “culpa” de alguém. E assim, nos mantemos passivos apontando dedos para os culpados e apresentando um perfil de hiena Hardy (personagem do desenho animado) que usa um dos bordões mais conhecidos como: “Oh vida…oh céus…oh azar…. isso não vai dar certo”!

Recentemente, assistindo a uma reportagem televisiva, me deparei com uma cena muito impactante.
A mesma abordava o desemprego no país e a quantidade de pessoas na fila de um centro de atendimento ao trabalhador. A fila percorria as imediações do bairro, onde muitos chegaram a passar a madrugada no local esperando para serem atendidos.
Neste momento da reportagem, foi mostrado o interior do local, focalizando as pessoas que já estavam próximas para atendimento, quando um cidadão, sem a menor noção de protagonismo social, mostrou o seu dedo do meio em rede nacional.
Fiquei perplexa me perguntando: o que passa na cabeça de um cidadão desempregado, estando prestes a conseguir um emprego, depois de dias e madrugadas na fila, fazer tal gesto em rede nacional???
Com certeza, este é um perfil característico daquele que justifica seus fracassos culpando o governo, a crise, a falta de oportunidade, a inveja…enfim. Em que momento teve a percepção de sua responsabilidade e possíveis consequências por conta de tal atitude?
Em que momento se deu conta que sua atitude poderia impactar diretamente na negativa da contratação?

Por outro lado, quando falamos de responsabilidade, nos sentimos provocados, desafiados, saindo da zona de conforto e passividade, nos cobrando atitudes, buscando soluções e estratégias inovadoras, saindo da inércia e, acima de tudo, nos responsabilizando pelos nossos próprios sucessos e fracassos.
A responsabilidade contagia, impulsiona, provoca, faz querer mudar e acima de tudo, reconhece o protagonismo social, onde somos os únicos responsáveis pela nossa própria história.

E você?
O que está fazendo neste momento lendo este texto?
Acha mesmo que a resposta e solução dos seus problemas está neste breve texto?
Lógico que não!
A resposta encontra-se dentro de si, em cada atitude tomada, em cada conflito enfrentado, com o senso e clareza que sucesso e fracasso são frutos de suas ações e isso sim, é sua responsabilidade, pois colhemos exatamente tudo o que plantamos.
Sendo assim, estão plantando o quê
Culpa ou responsabilidade?

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Regiane Pinheiro Psicóloga com especialização em gestão de pessoas nas organizações. Atuante na área da educação e orientadora vocacional.