A importância do trabalho inclusivo como desenvolvimento de potencialidades

 Vivemos numa sociedade com perfil acolhedor e solidário e , além disso, a educação entende a necessidade de aplicabilidade da lei de inclusão, porém, mais do que isso, as instituições de ensino reconhecem o seu papel e responsabilidade de selecionar profissionais  preparados para acompanhar os alunos com necessidades especiais  a se integrarem nas classes regulares com as devidas adaptações, de acordo com suas especificidades e, mais do que isso, com suas respectivas identidades.
Pois bem, é aí que muitas vezes ocorrem conflitos, contradições e incoerências.
É perfeitamente compreensível que o aluno com necessidades especiais possua limitações mas é notório também suas inúmeras potencialidades.
Sendo assim, é fundamental termos um olhar individualizado respeitando suas limitações, porém, é necessário cobrar deste aluno o que tem de melhor.
O foco não pode ser a deficiência mas sim, suas potencialidades.
Da mesma forma, relacionando o cenário escolar  com o mundo corporativo,  no que diz respeito a cota de profissionais com necessidades  especiais, há uma familiaridade na forma de percepção.
No âmbito escolar  há um paradigma de muitos pais que vislumbram uma escola regular para os seus filhos com necessidades especiais, buscando inseri-los  de maneira contraditória, uma vez que esperam do educador um trabalho totalmente individualizado, com ações individualizadas e instalações 100% adaptadas para os seus filhos.
Óbvio que, em alguns momentos há a necessidade de adaptações específicas , além de ser no mínimo de bom senso fazê-lo, porém, há momentos que não se faz necessário.
Em outros momentos, alguns pais temem que seus filhos sejam expostos pelas atenções individualizadas ,materiais pedagógicos diferenciados ou até mesmo, espaço diferenciado para realização de suas atividades, porém, ao mesmo tempo, buscam que o professor tenha uma atenção individualizada em detrimento do coletivo.
O que é inclusão escolar de acordo com o “Portal da Educação”?
Inclusão escolar  é acolher todas as pessoas, sem exceção, no sistema de ensino, independente de cor, classe social e condições físicas e psicológicas. O termo é associado mais comumente à inclusão educacional de pessoas com deficiência física e mental.
Segundo o Portal, o adjetivo “inclusivo” é usado quando se busca qualidade para todas as pessoas com ou sem deficiência.
No mundo corporativo há uma similaridade neste sentido, onde profissionais são contratados atendendo as cotas determinadas por lei ou ,em outros momentos, a cultura da empresa tem um foco assistencialista e acolhedor.
Cabe refletir e quem sabe, internalizar, a necessidade de quebrarmos o paradigma do olhar assistencialista e investirmos no potencial de cada um enquanto pessoa, seja com ou sem necessidades especiais.
O fato é que todos temos limitações e potencialidades e precisamos sim, extrair o que cada um tem de  melhor.
O foco não pode ser a deficiência mas sim suas potencialidades.
É necessário contribuirmos no reforço da autoestima, no reconhecimento de habilidades e na motivação desses profissionais ,tendo como base os parâmetros da educação.
Regiane Pinheiro
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Regiane Pinheiro Psicóloga com especialização em gestão de pessoas nas organizações. Atuante na área da educação e orientadora vocacional.