Primeiro-ministro do Reino Unido renuncia após série de escândalos

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou ao cargo nesta quinta-feira (7), após uma série de escândalos, principalmente pela nomeação de Whip Pincher, alvo de várias acusações de assédio sexual e a renúncia coletiva de mais de 50 membros do governo.

O governo de Johnson tem sido atormentado por acusações de seu desrespeito às regras de lockdown e revelações de festas ilegais realizadas em Downing Street, até alegações de impropriedade e abuso por legisladores conservadores.

Os críticos do governo acusam o primeiro-ministro de desrespeitar o procedimento do governo e dobrar as regras quando lhe conviesse, como quando ele decidiu pedir à rainha que suspendesse ou fechasse o Parlamento por cinco semanas no auge de uma crise política sobre o Brexit.

A monarca acatou o pedido, de acordo com seu dever de ficar fora da política e agir apenas sob o conselho dos ministros de Estado.

Mas quando a Suprema Corte considerou que a prorrogação era ilegal, levantou a desconfortável questão de saber se a rainha havia infringido a lei. A decisão levou a acusações de que o governo de Johnson enganou deliberadamente a monarca como parte de sua estratégia para garantir o Brexit.

Johnson foi forçado a se desculpar pessoalmente, de acordo com o “Sunday Times”.

A prorrogação mal feita foi apenas um exemplo do desrespeito de Johnson pelas regras e padrões parlamentares. Ele apoiou a secretária do Interior, Priti Patel, depois que uma investigação sobre intimidação de funcionários descobriu que ela violou o Código Ministerial e não “tratou seus funcionários públicos com consideração e respeito”, com um “comportamento que pode ser descrito como intimidação”.

O conselheiro de ética de Johnson, Alex Allen, renunciou por causa do caso.

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